Por: Julio Erthal
jun. 06, 2017
Eficiência Energética
O setor de iluminação vem se modernizando e apostando cada vez mais em produtos com maior eficiência energética, além do já conhecido sistema de iluminação com lâmpadas LED, há também o desenvolvimento de sistemas de controle de iluminação cada vez mais sofisticados. O mercado de lâmpadas eficientes segue bem aquecido devido às altas taxas de retorno de investimento fornecidas, grande potencial de economia de consumo O grande empecilho atualmente não encontra capital inicial necessário para adquirir esses equipamentos. produtos, para uso próprio, de um vendedor de alguma loja especializada ou direto de um fabricante. Já nenhum modelo alternativo de serviços a compra trata da prestação de serviços da empresa contratada e não a venda de um produto físico.
O modelo alternativo pode ser chamado de Lumens as a service. Modelo em que os responsáveis pela gestão de edifícios e condomínios não precisam de mais dinheiro para realizar um investimento inicial elevado para conseguir implantar a eficiência energética em seu prédio. As empresas de serviço que fazem esse investimento e o cliente paga a empresa com parte da economia obtida com um sistema de iluminação mais eficiente. Para simplificar ainda mais, muitos contratos são feitos como uma espécie de aluguel mensal do equipamento, ou leasing, assim evita-se as muitas vezes complexas trâmites de Medição e verificação dos contratos de desempenho.
Nesse modelo, ambas as partes envolvidas procuram aplicar o sistema mais eficiente energeticamente para que seja possível extrair o máximo de renda desse serviço. Este modelo é interessante para os dois lados, uma vez que o cliente consegue valorizar o seu edifício com a introdução de novas tecnologias, além de não ser mais o responsável pela manutenção do sistema e dos custos atrelados a isso. Já a empresa poderá ver suas vendas crescerem em função única e exclusivamente da eficiência de seu serviço.
Já há algum tempo algumas prefeituras têm optado por instalar sistemas de iluminação pública com a tecnologia LED, já que, via de regra, esse tipo de sistema tem melhor qualidade de iluminação e menor consumo energético. Muitas vezes o local escolhido para a troca de iluminação são túneis que por ficarem acesos 24 horas por dia terão retorno sobre o investimento muito mais rapidamente.
O observador mais atento pode reparar que em muitos túneis urbanos da cidade de São Paulo o sistema não funciona eficiente, às vezes pode-se ver grupos de evidencias apagadas e em outras graças é possível ver que a iluminação ficou muito mais forte que o necessário em certos locais, prejudicando não só a visão de quem dirige, mas aumentando desnecessariamente o consumo de energia. Quem comprou estes sistemas de iluminação para a prefeitura, (através de licitações) e, agora cabe a ela ser responsável pela manutenção e é ela a prejudicada com os consumos excessivos. No caso destas lâmpadas apresentarem rendimento pior do que o esperado, a prefeitura que sairá com esse ônus.
Nenhum desses problemas ocorreria se, tivéssemos o modelo de Lúmens as a Service já que teríamos uma empresa que seria responsável pela manutenção e haja vista que ela seria responsável por pagar o consumo da iluminação, seria a maior interessada em fazer com que o sistema fosse projetado e operasse da maneira mais eficiente possível. Caberia à prefeitura apenas fiscalizar que o serviço, nesse caso a iluminação medida em Lux = Lúmen/metro², adquirida fosse a acordada.